A culpa não é da balança...
«Sempre fui bastante magra e, até há uns anos atrás, nunca tive qualquer pensamento sobre o assunto. Tendo em conta que tenho 1,68 cm, os 58 quilos que me acompanhavam, eram o peso ideal para mim.
Pouco a pouco, talvez pela vida de casada, acompanhada pelo facto de ter passado a utilizar o automóvel como forma exclusiva de locomoção, pela paragem na prática de exercício físico e pelos tratamentos sucessivos para engravidar, o peso foi-se instalando devagarinho. A gravidez foi mais uma ajuda, que me acrescentou cerca de sete quilos que nunca mais consegui perder.
Quando percebo a relação que tenho com a comida fico assustada: ela transformou-se numa amiga para mim, que me consola e dá prazer. Eu gosto de comer e muitas vezes faço-o compulsivamente. Frequentemente como, quando já estou satisfeita, e ingiro demasiadas porcarias. O que é uma estupidez, porque eu efectivamente gosto de legumes, de fruta, de iogurtes, de sopa. E do resto.
Neste momento sinto-me mesmo mal com o peso que tenho e com as formas demasiado arredondadas que ganhei. Não gosto de me ver com roupa nenhuma, tenho muitas peças novas e giras que não me servem. Não me reconheço. Eu não sou bonita, mas sempre tive um corpo bonito, que agora transborda e denuncia os meus pecados gastronómicos.
Eu quero perder peso. Quero e preciso, por uma questão de saúde. Quero recuperar a minha imagem anterior e quero sentir-me bem comigo própria. Quero ser elegante. Não quero ter vergonha de me despir na praia, nem de excluir tantas e tantas coisas do meu guarda-roupa. Há muita coisa que quero mudar, ao mesmo tempo que vou perder o peso que tenho a mais. Mas disso falarei mais tarde. »
Pouco a pouco, talvez pela vida de casada, acompanhada pelo facto de ter passado a utilizar o automóvel como forma exclusiva de locomoção, pela paragem na prática de exercício físico e pelos tratamentos sucessivos para engravidar, o peso foi-se instalando devagarinho. A gravidez foi mais uma ajuda, que me acrescentou cerca de sete quilos que nunca mais consegui perder.
Quando percebo a relação que tenho com a comida fico assustada: ela transformou-se numa amiga para mim, que me consola e dá prazer. Eu gosto de comer e muitas vezes faço-o compulsivamente. Frequentemente como, quando já estou satisfeita, e ingiro demasiadas porcarias. O que é uma estupidez, porque eu efectivamente gosto de legumes, de fruta, de iogurtes, de sopa. E do resto.
Neste momento sinto-me mesmo mal com o peso que tenho e com as formas demasiado arredondadas que ganhei. Não gosto de me ver com roupa nenhuma, tenho muitas peças novas e giras que não me servem. Não me reconheço. Eu não sou bonita, mas sempre tive um corpo bonito, que agora transborda e denuncia os meus pecados gastronómicos.
Eu quero perder peso. Quero e preciso, por uma questão de saúde. Quero recuperar a minha imagem anterior e quero sentir-me bem comigo própria. Quero ser elegante. Não quero ter vergonha de me despir na praia, nem de excluir tantas e tantas coisas do meu guarda-roupa. Há muita coisa que quero mudar, ao mesmo tempo que vou perder o peso que tenho a mais. Mas disso falarei mais tarde. »
Este texto foi escrito há cerca de dois anos atrás, numa das dietas que fiz na altura e que teve resultados, pouco duradores, é certo, mas que me mostrou que emagrecer não é impossível. Não acredito em dietas mágicas, nem em produtos miraculosos. Acredito na reeducação alimentar, na mudança de hábitos e na adoção de uma alimentação equilibrada e saudável, juntamente com as virtudes do exercício físico. Mas saber, ter o conhecimento disto não foi suficiente na altura para manter o peso perdido. O meu problema é mais profundo do que parece: eu sofro de compulsão alimentar. Para mim, querer nem sempre é sinónimo de poder e eu tenho de arranjar uma forma de mudar a minha forma de estar na vida e de me relacionar com a comida.
Esta certeza foi a alavanca para dar início a este blogue. De facto, iniciei uma nova luta contra o peso a mais em Março deste ano, quando me dei conta que pesava 76 quilos e que tinha uma percentagem de massa gorda elevadíssima. Quem me via, não sonhava o que vai cá dentro em termos de maus hábitos, excessos alimentares e vida sedentária. Como sou relativamente alta, apesar de me sentir mal e de me acharem "mais cheiinha", disfarço bem o peso a mais aos olhos dos outros.
Pouco a pouco, com muito cuidado com o que como e com o retomar da atividade física, tenho vindo a perder peso. Mais de cinco quilos até agora. Sinto-me feliz pelo que conquistei e desejo muito continuar no bom caminho. Consciente que tenho um longo caminho a percorrer e que a qualquer momento posso ter uma "recaída" e voltar a ganhar peso. Contudo, sinto confiança que este registo será uma forma de compromisso comigo própria e que conseguirei.